quinta-feira, 19 de maio de 2011

Carta Aberta à População Juazeirense




Estimados filhos desta terra amada,
Venho por meio desta missiva esclarecer à população juazeirense sobre os fatos ocorridos desde a última sexta-feira até a presente data.
Exponho aqui, não só o meu nome, o meu sobrenome e a minha origem. Mas principalmente, retomo ao que falei em entrevista concedida ao grande comunicador Waltermário Pimentel.
Tratei, na ocasião da entrevista, de expressar meu sentimento de indignação em relação à atual situação na qual se encontra a nossa cidade: conclamei à população a cobrar por seus direitos e aos senhores vereadores e ao senhor prefeito a agirem de forma efetiva na solução dos problemas que assolam o nosso povo juazeirense.
Hoje, sinto-me compelido a comunicar de forma escrita ao povo de minha terra das ameaças que venho sofrendo por parte do poder legislativo: ameaçam-me judicialmente, eu, um humilde cidadão juazeirense, que saiu em defesa do bem estar de nossa comunidade, denunciando os desmandes, a falta de compromisso, o total atoísmo no qual se encontra a augusta casa que deveria abrigar os homens e mulheres constituídos em direito para a defesa do povo...
É justo, senhoras, senhores, mães e pais de família, juventude de minha terra, coadunarmos com a situação em que se encontra tanto o poder legislativo quanto o executivo? É justo, povo amado de minha Juazeiro, calarmo-nos diante dos despautérios com os quais temos de conviver diariamente? É justo conformarmo-nos com a forma em que vivemos em nossa cidade: ruas esburacadas, esgoto a céu aberto, falta de segurança, terrenos baldios virando depósito de lixo, doenças ‘medievais’, tais como dengue, leishmaniose (calazar), acometendo as nossas famílias?
Quanto mais nós temos de esperar por uma ação efetiva e continuada por parte dos nossos governantes?
Levantai, Juazeiro! Acordai! Que fale o povo! Que o povo grite as suas necessidades, para que se faça escutado por quem de fato e direito deve trabalhar em prol de nossa terra. Acordai, Juazeiro! Acordai! Levantemo-nos por justiça, cidadania e progresso!

Fábio Lima
Cidadão Juazeirense

terça-feira, 17 de maio de 2011

Tábua de pirulito


Noutro dia ouvindo a um programa de rádio, chamou-me a atenção a expressão utilizada por um ouvinte, que na ocasião fez participação ao vivo. Este ouvinte referiu-se à sua rua como uma enorme “tábua de pirulitos”.
É curiosa a afirmação deste cidadão posto que, ao mesmo tempo em que me despertou indignação pelo fato de aludir a expressão “tábua de pirulitos” aos buracos que tomam conta daquela via pública, causou-me também saudosismo, pois recordei minha infância, quando à época tínhamos pirulitos de açúcar caramelizado em formato de guarda-chuvas, presos a uma tábua vazada por vários furos... Pirulitos são doces. Buracos na rua causam indigestão.
Creio eu que, ao ouvir daquele indivíduo o protesto, cada um dos ouvintes possa haver tido a mesma impressão que eu tive. E pensado em outras analogias para descrever a situação na qual se encontra não só aquela rua específica, como tantas outras, Juazeiro afora... Desde o centro da cidade até nos bairros mais afastados – principalmente os bairros mais afastados: “Queijo suíço”, “superfície lunar” – tomada de crateras..., “peneira de asfalto” e por aí vai... Tenho certeza de que cada cidadão filho desta terra tem a sua forma particular de tratar os buracos com os quais convive diariamente...
Possuímos ruas em que, de tão profundos os buracos, não é possível o tráfego de automóveis. E quando se pede uma explicação lógica para justificar tal situação, as respostas que escutamos são sempre as mesmas. Ora se amparam nas obras que se iniciaram e que nunca terminaram, ora na ausência de verba pública para a execução de algo efetivo. É sempre a mesma balela...
Deixo aqui, para a reflexão dos ouvintes e leitores, um trecho do hino da cidade de Juazeiro, o qual tem sido muito cantado em propagandas e eventos, creio eu, de forma vã: “Juazeiro, terra amada, lutarei por teu progresso. Hei de vê-la coroada com os lauréis do teu sucesso”.
Povo juazeirense, não só vamos cantar o hino de nossa terra amada, como também vamos lutar por seu progresso: cobrando responsabilidade e compromisso dos nossos governantes para que, aí sim, um dia possamos vê-la coroada com os lauréis de seu sucesso. Sucesso este que será também o nosso.
Chega de buracos; de ruas inacabadas; de saneamento ausente ou mal-feito; de obras fictícias; de asfalto ‘sonrisal’, de inaugurações de banheiros de cemitério.
Queremos infraestrutura básica. Queremos lazer. Queremos saúde. Queremos educação. Queremos segurança. Em suma: queremos homens públicos comprometidos de fato com o bem estar de nossa amada terra e de seus filhos.
Queremos e temos direito!

Fábio Lima  
Cidadão Juazeirense

www.fabiodiaslima.blogspot.com

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